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SERES (2022)

Nessa série, ainda em andamento, busco me aproximar da sensação primitiva de sentir-se humano, enquanto animal, energia e espírito. As fotografias foram construídas a partir de múltiplas exposições em filme fotográfico - revelado de maneira caseira - e digitalizadas posteriormente. Em todo o seu processo de criação, a luz e a sua ausência, possuíram participação substancial. O corpo e a natureza se misturam pois são uma parte. As primeiras, e mais distantes, luzes de galáxias e estrelas captadas pelo telescópio James Webb se encontram com os sais de prata sob a película e se fundem como um corpo organismo. As imagens, que necessitam de olhares cuidadosos e próximos, evocam por meio das múltiplas escalas, faíscas físicas e metafísicas que nos permitem visualizar o limiar entre sentir-se pequeno e gigante, ao mesmo tempo. A luz, elemento fundamental para a existência do universo, nos atravessa diariamente em múltiplas formas e sentidos pois somos dela fruto e cerne, simultaneamente. No trabalho, busco uma provocação intensa dos sentidos para demonstrar o despertar do nascimento de uma nova consciência que nos permita banhar da sensação de ser, e se sentir parte, de tudo o que nos compõe - em oposição a um pensamento contemporâneo que é rígido, metódico e exploratório.

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